sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

História do cabelo

História do cabelo narra a aventura de um homem obcecado por cabelo. Um personagem que vaga por Buenos Aires entrando e saindo de salões, condenado a pensar no cabelo, se deve cortar muito, pouco, deixar crescer, não cortar mais, raspar a cabeça para sempre. Em busca do corte perfeito, e em meio a uma infinidade de reflexões sobre o cabelo (cortes de cabelo, cabelereiros, salões, xampus, produtos de cabelo, estilos, o cabelo como o símbolo social, instrumento político e de identidade), o protagonista se vê envolvido numa trama que remonta a um dos períodos mais sombrios da vida social e política argentina. E é justamente através do cabelo que a história, que se inicia como a saga muito pessoal de um fetiche, se cruza com a luta armada e os anos de chumbo. História do cabelo, segunda parte de uma trilogia sobre os anos 70 iniciada com História do pranto, é o terceiro livro de Alan Pauls editado pela Cosac Naify. Além dos dois volumes da trilogia, a editora publicou o elogiado O passado, que teve mais de dez mil cópias vendidas e virou filme estrelado por Gael García Bernal e dirigido por Hector Babenco.

ALAN PAULS

  • Alan Pauls
Nascido em 1959, na capital da Argentina, Alan Pauls foi professor de Teoria Literária na Universidade de Buenos Aires (UBA), fundador da revista Lecturas Críticas, subeditor do suplemento dominical de Página/12e chefe de redação da revista Página/30, além de roteirista e crítico de cinema. Atualmente, ele escreve com o cineasta Hugo Santiago o roteiro de Buenos Aires no existe, filme sobre a passagem de Duchamp por Buenos Aires em 1918. Antes de O passado (Cosac Naify, 2007) - obra pela qual ganhou em 2003 o prestigioso Prêmio Herralde para livros de ficção em língua espanhola - publicou os romances El pudor del pornógrafo (1984), El coloquio (1990) e Wasabi (1994), este último lançado no Brasil pela editora Iluminuras. Escreveu ainda ensaios sobre Manuel Puig ,La traición de Rita Hayworth (1988), Jorge Luis Borges, El factor Borges (2000), e Lino Palacio, La infancia de la risa (1994), entre outros.