domingo, 8 de dezembro de 2013
VOZES ANOITECIDAS
Publicado pela primeira vez em 1986, Vozes anoitecidas projetou o escritor moçambicano Mia Couto para o mundo. Conhecido até então por seu trabalho como jornalista e poeta, o autor - hoje tido como um dos mais influentes escritores da língua portuguesa - lançou aqui as bases daquela que viria a ser uma das principais características de sua obra ficcional: a reconstrução de laços entre registro oral e escrito.
Em doze pequenos contos, um rol de personagens esfarrapados e alheios ao palco principal dos acontecimentos narra, de seu ponto de vista marginal, histórias que flertam com o mágico e com o absurdo sem, no entanto, desviarem-se completamente do plano factual.
Em “As baleias de Quissico”, Jossias aguarda a chegada de um animal marinho de cuja boca, acredita, brotará “amendoim, carne, azeite de oliva e bacalhau”. Mas como saber se o animal existe, se ele jamais viu uma baleia? O enorme monstro que aporta sem ser visto pode ser tanto o misterioso “peixe grande” como um submarino carregado de armamentos ilegais. Jossias prefere acreditar no sonho e, como ele, outros personagens de Vozes anoitecidas encontram mais razão na fantasia que na lógica da guerra e da privação.
Ao promover uma espécie de vertigem, sob efeito da qual não se pode afirmar se uma narrativa é absurda ou se absurda é a realidade de que ela trata, o autor apresenta a perplexidade como ponto de partida para o fazer literário.
(disponível em: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13419, acesso em 8/12/13)
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
Próximo encontro do Legere: 5/12
Para finalizar os encontros de 2013, discutiremos o romance Lolita. Como sempre, das 19h30 às 21h30, na Casa das Rosas. Até lá!
terça-feira, 12 de novembro de 2013
MACHADO E SEUS DUPLOS
Antonio Carlos Secchin analisa o penúltimo romance de Machado de Assis
No centenário de Esaú e Jacó: Machado e seus duplos
É lugar-comum afirmar a
existência de uma “fase madura” na ficção de Machado de Assis, a partir da
publicação, em 1881, das Memórias póstumas de Brás Cubas. Mais incomum é a ênfase, não diríamos numa possível “terceira fase”, mas numa inflexão da segunda, com os romances Esaú
e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Em ambos observa-se um
narrador menos cáustico na avaliação
das mazelas humanas. A corrosiva ironia
de obras anteriores cede lugar a uma (até certo ponto) tolerante compreensão da fragilidade terrena. Não havendo conserto
para o desconcerto do mundo, melhor é assistir ao espetáculo de camarote – sem
deixar, é claro, de alfinetar, aqui e acolá,
o mau desempenho dos atores, num
riso mais complacente do que cruel. Tal parece ser a divisa do narrador (e importante
personagem) dos derradeiros romances machadianos, o Conselheiro Aires.
Na “Advertência” à primeira
edição de Esaú e Jacó, somos informados de que, no espólio de Aires,
foram localizados sete cadernos; seis deles comporiam o Memorial, e o Último
(assim cognominado) corresponderia ao romance que então se publicava.
Inicia-se um sutil jogo de inversões, na
medida em que o “último” (rebatizado com o nome de Esaú e Jacó) foi o “primeiro” a
surgir, enquanto os supostos seis cadernos anteriores, do Memorial, só
viriam à estampa quatro anos
depois. O famoso defunto-autor Brás Cubas cede voz, agora, a um autor-defunto, Aires.
Pela primeira vez, dois personagens
nomeiam um romance (em oposição aos
títulos anteriores, centrados num personagem único, de Helena a Dom Casmurro). A
esse duplo bíblico – Esaú e Jacó – corresponderão, no texto, os gêmeos Pedro e Paulo – duplo do duplo, portanto.
A ironia machadiana, neste romance, não se
fará muito perceptível, porque
se tornará menos circunstancial e mais estrutural: vai incidir não
apenas em anedotas, mas no princípio
interno de organização da obra. No que tange
às peripécias, e para não irmos
além dos capítulos iniciais, lembremo-nos de que duas irmãs sobem o morro para
consultar uma cabocla, esbarram em dois sujeitos, recebem o cartão de consulta
número 1012, dão esmola de dois mil-réis; o narrador adverte que os oráculos
têm um falar dobrado. Santos, marido de
Natividade, consulta uma segunda adivinha, de linhagem espírita.
De modo esquemático, podemos entender o livro como uma irônica produção
de duplos em que os termos, em vez de serem idênticos (pois
duplicados), acabam, apesar da
semelhança, ou talvez por causa dela,
tornando-se radicalmente opostos ou antagônicos entre si. O exemplo mais
cabal desse dissenso é fornecido pelos
próprios gêmeos: idênticos fisicamente,
diversos (ou até beligerantes) em todo o
resto. Pedro, monarquista e recatado;
Paulo, republicano e impetuoso. A
anulação das diferenças restauraria o “dois-em-um perfeito”, a unidade
primordial anterior a qualquer fratura ou cisão. A vivência da fragmentação
transforma-se assim, e
insuportavelmente, na sequela de um paraíso
perdido. A heroína Flora, dividida no amor pelos gêmeos,
representa ao mesmo tempo o desejo e o malogro da reconstituição de um tempo e
espaço inteiriços. Não por acaso, uma
bem-orquestrada simbologia edênica acompanha, em baixo-contínuo, a
caracterização da personagem.
Numa clave metafórica, Flora não produz frutos: estiola-se, eteriza-se,
estéril, e morre à míngua do impossível. Incapaz de fazer dos
gêmeos uma só pessoa, acaba perdendo
ambos, e a vida. “Inexplicável” é o adjetivo com que Aires
tentou, em vão, explicá-la.
Já se interpretou Esaú e Jacó como crítica à
organização social e política do Brasil na passagem do Império à República. É
certo, mas é pouco. O enredo registra, de fato,
alguns dos mais cruciais eventos do final do século XIX no Brasil, mas
seria decepcionante tentar informar-se deles tomando por base o
registro factual, de escassas linhas, com que se inscrevem no livro. O
turbilhão de época ecoa filtrado na dimensão dos gestos mínimos. Em Machado, o
fato é (quase) nada; o olhar é tudo. Para saber de um homem, não se precisa ver o que ele
vê; basta, sim, vê-lo ver, e, sobretudo, vê-lo ver-se. Mais do que
cronista histórico ou romancista de costumes (etiqueta que explicitamente rejeitou em Ressurreição,
de 1872), Machado é um romancista dos
“maus costumes”, da inconstante e
dúbia consciência individual. Muitas
matérias de interesse aparentemente
público são dimensionadas
unicamente pelos dividendos de
satisfação ou ganho particular que proporcionarão a seus agentes. O episódio em que o comerciante Custódio,
numa época de convulsões políticas, não sabe se mantém no seu estabelecimento o
nome de “Confeitaria do Império”, ou se
aproveita a ocasião para logo
rebatizá-lo de “Confeitaria da República”, é bem sugestivo. O que o move é o
oportunismo (ou a “adequação ao contexto”, se preferirmos o cínico eufemismo);
a ideologia é secundária, quando gera polêmica ou sangra o bolso.
O romance, cujo centenário de publicação este ano se
comemora, não é, certamente, o livro
machadiano de maior ressonância
junto ao público contemporâneo, apesar
de, à época do lançamento, ter obtido acolhida extremamente favorável. A
rarefação do enredo (as coisas acontecem pouco, e devagar), aliada à
costura mais distensa do tecido narrativo, acaba
gerando um mosaico de episódios atomizados, que nem sempre se
imbricam, frustrando os leitores ávidos de peripécias abastecidas na
causalidade. O apelo amoroso-sentimental do livro também é tíbio, se
contrastarmos a pudica e delicada Flora
com suas carnais e robustas antecessoras
Virgília, Sofia e Capitu. Por outro lado, a consciência metalinguística do
escritor se revela mais aguda do que nunca. Atentando para o nome das personagens, logo
detectaremos predestinação ou
(com mais freqüência) ironia. Natividade encarna uma vocação relutante para
tornar-se mãe. Ela, que também é Maria, casa-se com Santos, que também é José,
e ambos ficam amigos do casal Batista. Perpétua nega as leis
de perpetuação da espécie: é viúva sem filhos. O inescrupuloso Nóbrega
não possui alma nobre nem caridade
cristã. A cabocla com raízes africanas
se chama Bárbara. No capítulo XII, o
moderado e conciliador Aires se encontra em casa de Plácida, retornando
de missão no Pacífico...
Esaú e Jacó foi o derradeiro romance de Machado a ser lido por sua esposa Carolina, que morreria em
outubro de 1904, e a cuja memória o escritor ainda renderia homenagem
no Memorial de Aires,
através da criação de uma personagem, dona Carmo, inspirada na falecida mulher. Tal fonte de
inspiração, às vezes contestada, não
deveria ser objeto de controvérsia, uma vez que o próprio Machado a
confirmou, conforme depoimento publicado
em Alguns escritos (1910), de
Mário de Alencar.
A imaginação
de Machado produziu algumas das mais notáveis personagens femininas de nossa
literatura, fascinantes pela complexidade e pela divergência de caracteres que
apresentam entre si. Com a cautela
necessária para evitar-se um biografismo
redutor, seria interessante efetuar-se
um estudo detido de nossos grandes
escritores pelo prisma das marcas textuais que lhes foram impressas por suas mulheres, verificando a intensidade e o teor dessa presença na fatura
da obra, e observando ainda de que
modo os seres de papel ratificam ou retificam os seres reais de que eventualmente
se teriam originado. Para nos
restringirmos ao século XIX, e a dois gêneros literários, logo ocorreriam
os nomes de Eugênia Câmara, para a poesia de
Castro Alves, e de Carolina, para a ficção de Machado. A primeira, musa
arrebatadora, volúvel, parceira
vulcânica de um autor existencial
e liricamente em perpétua ebulição; Carolina, comedida, na imagem doméstica de um amor
fiel e sem sobressaltos. As obras de um e de outro escritor certamente não seriam o que foram, sem a presença – na
graça ou na desgraça – de suas companheiras.
In: Memórias de um leitor de poesia. Rio de
Janeiro: Topbooks, 2010. p.99-104.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
O próximo encontro do Legere será na próxima quinta-feira, dia 26 de setembro, das 19h30 às 21h30, sempre na Casa das Rosas.
Desta vez discutiremos O africano, de J. Le Clézio.
Para alimentar a discussão, seguem dois textos a respeito da obra.
Boa leitura e até quinta!
http://www.uniaraxa.edu.br/ojs/index.php/evidencia/article/view/348
http://www.filologia.org.br/soletras/22/06.pdf
Desta vez discutiremos O africano, de J. Le Clézio.
Para alimentar a discussão, seguem dois textos a respeito da obra.
Boa leitura e até quinta!
http://www.uniaraxa.edu.br/ojs/index.php/evidencia/article/view/348
http://www.filologia.org.br/soletras/22/06.pdf
terça-feira, 10 de setembro de 2013
O africano
Todo ser humano é um resultado de pai e mãe. Pode-se não reconhecê-los, não amá-los, pode-se duvidar deles. Mas eles aí estão: seu rosto, suas atitudes, suas maneiras e manias, suas ilusões e esperanças, a forma de suas mãos e de seus dedos do pé, a cor dos olhos e dos cabelos, seu modo de falar, suas ideias, provavelmente a idade de sua morte, tudo isso passou para nós.
Por muito tempo sonhei que minha mãe era negra. Inventei-me uma história, um passado, para escapar da realidade em meu retorno da África, neste país, nesta cidade onde eu não conhecia ninguém, onde me tornara um estrangeiro. Depois descobri, quando meu pai, na idade da aposentadoria, retornou para viver conosco na França, que o Africano era ele. Foi difícil admitir isso. Tive de voltar atrás, de recomeçar, de tentar compreender. Em memória disso escrevi este pequeno livro.
Por muito tempo sonhei que minha mãe era negra. Inventei-me uma história, um passado, para escapar da realidade em meu retorno da África, neste país, nesta cidade onde eu não conhecia ninguém, onde me tornara um estrangeiro. Depois descobri, quando meu pai, na idade da aposentadoria, retornou para viver conosco na França, que o Africano era ele. Foi difícil admitir isso. Tive de voltar atrás, de recomeçar, de tentar compreender. Em memória disso escrevi este pequeno livro.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Encontro para discussão de "Angústia"
Dia 29/8, das 19h30 às 21h30, como sempre, na Casa das Rosas.
Av. Paulista, 37 (estacionamento conveniado na Al. Santos, 74)
Av. Paulista, 37 (estacionamento conveniado na Al. Santos, 74)
Leituras de Graciliano e de "Angústia"
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/976605-linguagem-de-angustia-traduz-personagem-a-altura-de-si-mesmo.shtml
http://revistacult.uol.com.br/home/2013/07/a-terra-e-os-seres-de-graciliano-ramos/
http://revistacult.uol.com.br/home/2013/03/50-anos-de-morte-de-graciliano-ramos/
http://rascunho.gazetadopovo.com.br/a-infindavel-planicie-avermelhada/
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Das razões do título O vermelho e o negro, de Stendhal
Do blog Verborragia:
http://verbologia.com/?p=529
Do blog Resenhasdiscoslivros:
http://resenhasdiscolivros.blogspot.com.br/2009/08/as-cores-em-o-vermelho-e-o-negro-de.html
http://verbologia.com/?p=529
Do blog Resenhasdiscoslivros:
http://resenhasdiscolivros.blogspot.com.br/2009/08/as-cores-em-o-vermelho-e-o-negro-de.html
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Discussão sobre O vermelho e o negro
Qual teria sido o motivo de Stendhal ter nomeado sua "crônica de 1830" de O vermelho e o negro? Vamos discutir esse e outros temas tratados no livro amanhã, dia 1/8, na Casa das Rosas, das 19h30 às 21h30. Apareça!
segunda-feira, 8 de julho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
O VERMELHO E O NEGRO
O protagonista desta obra eterna é o jovem Julien Sorel, "um homem
infeliz em guerra com a sociedade", na definição de seu criador. Seu
trágico destino foi inspirado num evento real, ocorrido em Grenoble:
condenado pelo assassinato de uma ex-amante, cometido no interior de uma
igreja, um seminarista de 26 anos, Antoine Berthet, foi executado na
guilhotina em fevereiro de 1828. A partir desse fato rumoroso, Stendhal
(1783-1842) entreviu a possibilidade de fazer o que chamou de "crônica
do século XIX", um ácido retrato da França da Restauração
pós-napoleônica, política e moralmente conservadora. Muito do encanto
irrepetível e da inesgotável vitalidade de O vermelho e o negro
reside na tensão entre as dimensões realista e romântica, entre a
crônica quase jornalística dos fatos exteriores e a construção trágica
do destino dos personagens, especialmente do protagonista, suspenso no
descompasso entre sua alma ardente e o tempo mesquinho que lhe tocou
viver.
Autor: Stendhal
Tradução: Raquel Prado
Posfácio: Heinrich Mann
Apresentação: Tarsila do Amaral
Idioma: Português
Coleção: Prosa do Mundo
Cosac Naify
Autor: Stendhal
Tradução: Raquel Prado
Posfácio: Heinrich Mann
Apresentação: Tarsila do Amaral
Idioma: Português
Coleção: Prosa do Mundo
Cosac Naify
quinta-feira, 6 de junho de 2013
OS MALAQUIAS
A discussão do romance será hoje, 6/6, excepcionalmente das 19h30 às 20h30, na Casa das Rosas. Após a discussão e a escolha do próximo livro, estão todos convidados para o lançamento do livro Na Lata, de Frederico Barbosa, no saguão da casa.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Evento bacana e de graça
Michel Laub
Noemi Jaffe
Os autores vão falar sobre literatura e memória. A mediação será de Roberto Taddei.
Dia 18/6, das 19h às 21h30, na Livraria da Vila do Shopping Higienópolis.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
O conto, pérola literária
Rica e deliciosa conversa entre Mona Dorf e Ivan Marques com o premiado e sensível contista João Carrascoza na Biblioteca de São Paulo.
Para nós, do LEGERE, que também lemos contos (de Ondjaki e Borges), vale a pena assistir.
http://youtu.be/eVyHnFOfnk8
Para nós, do LEGERE, que também lemos contos (de Ondjaki e Borges), vale a pena assistir.
http://youtu.be/eVyHnFOfnk8
quinta-feira, 25 de abril de 2013
O REAL E O VIRTUAL EM UM CONTO DE BORGES
Excelente estudo de Márcia Reis Brandão (UFF PG) sobre o conto A outra morte: http://www.revistazunai.com/ensaios/marcia_reis_brandao_Borges.htm
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Palavra de Borges
Assista à última entrevista televisiva concedida pelo autor em 1985:
http://www.youtube.com/watch?v=egf5maVNYGA
http://www.youtube.com/watch?v=egf5maVNYGA
sábado, 6 de abril de 2013
Ozon e as artimanhas da ficção
Um filme para quem, como nós, do Legere, é amante de literatura.
http://www.blogdoims.com.br/ims/ozon-e-as-artimanhas-da-ficcao/
sexta-feira, 29 de março de 2013
sábado, 23 de março de 2013
A hora e a vez da prosa
Matéria publicada na revista e, de fevereiro de 2013, fala do mercado literário nacional e da nova geração de ficionistas brasileiros
Andrea del Fuego, autora de Os Malaquias, vencedor do Prêmio José Saramago de 2011
Leia aqui: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=459&Artigo_ID=6893&IDCategoria=7960&reftype=2
Andrea del Fuego, autora de Os Malaquias, vencedor do Prêmio José Saramago de 2011
Leia aqui: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=459&Artigo_ID=6893&IDCategoria=7960&reftype=2
sexta-feira, 22 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
Três vezes Mrs. Dalloway
Artigo sobre as traduções de Mrs. Dalloway para o português
http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2012/02/25/tres-vezes-mrs-dalloway-433209.asp
http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2012/02/25/tres-vezes-mrs-dalloway-433209.asp
Os filmes
Para você, que já leu Mrs. Dalloway, vai aí o link do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=w227rhzbQ_c
E também o link do trailer do excelente As horas, baseado no romance do mesmo nome, que tem o livro Mrs. Dalloway como inspiração:
http://www.youtube.com/watch?v=he8cR7skklA
http://www.youtube.com/watch?v=w227rhzbQ_c
E também o link do trailer do excelente As horas, baseado no romance do mesmo nome, que tem o livro Mrs. Dalloway como inspiração:
http://www.youtube.com/watch?v=he8cR7skklA
quarta-feira, 6 de março de 2013
Prontos para ler Mrs. Dalloway
sexta-feira, 1 de março de 2013
MRS. DALLOWAY
Março, mês da mulher, e Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, foi o livro escolhido pelo grupo.
Saiba mais sobre Mrs. Dalloway
Conheça a sociedade Virgina Woolf
|
Virginia Woolf nasceu em Londres, em 1882. Filha de um editor, Sir
Leslie Stephen, ela recebeu uma educação esmerada, frequentando desde
cedo o mundo literário.
Em 1912, casa-se com Leonard Woolf, com quem funda, em 1917, a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T.S. Eliot.
Fez parte do grupo Bloomsbury, círculo de intelectuais sofisticados que, passada a I Guerra Mundial, investiria contra as tradições literárias, políticas e sociais da era vitoriana.
As primeiras obras de Virginia Woolf foram The Voyage Out (1915) e Noite e Dia (1919). Em Mrs. Dalloway (1925), Virginia Woolf emprega recursos narrativos inovadores para retratar a experiência individual. O mesmo ocorre com Rumo ao Farol (1927).
Em 1928, publica Orlando, fantasia histórica que evoca com brilho e humor a Inglaterra da era elizabetana. Nesse período, Woolf faz as famosas conferências para estudantes dos grandes colégios femininos de Cambridge, nas quais mostra sua verve feminista.
Em 1931, publica As Ondas, uma de suas obras mais importantes. Seis anos mais tarde, lança Os Anos.
Toda a vida de Virginia Woolf foi dedicada à literatura. Em 1941, vítima de grave depressão, ela se suicida, deixando considerável número de ensaios, extensa correspondência e o romance Entre os Atos (1941).
(do Banco de Dados da Folha, disponível em http://educacao.uol.com.br/biografias/virginia-woolf.jhtm, acesso em 1/3/13)Em 1912, casa-se com Leonard Woolf, com quem funda, em 1917, a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T.S. Eliot.
Fez parte do grupo Bloomsbury, círculo de intelectuais sofisticados que, passada a I Guerra Mundial, investiria contra as tradições literárias, políticas e sociais da era vitoriana.
As primeiras obras de Virginia Woolf foram The Voyage Out (1915) e Noite e Dia (1919). Em Mrs. Dalloway (1925), Virginia Woolf emprega recursos narrativos inovadores para retratar a experiência individual. O mesmo ocorre com Rumo ao Farol (1927).
Em 1928, publica Orlando, fantasia histórica que evoca com brilho e humor a Inglaterra da era elizabetana. Nesse período, Woolf faz as famosas conferências para estudantes dos grandes colégios femininos de Cambridge, nas quais mostra sua verve feminista.
Em 1931, publica As Ondas, uma de suas obras mais importantes. Seis anos mais tarde, lança Os Anos.
Toda a vida de Virginia Woolf foi dedicada à literatura. Em 1941, vítima de grave depressão, ela se suicida, deixando considerável número de ensaios, extensa correspondência e o romance Entre os Atos (1941).
Saiba mais sobre Mrs. Dalloway
Conheça a sociedade Virgina Woolf
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
DOM QUIXOTE chega ao final
A discussão final do primeiro volume de D. Quixote será na próxima quinta-feira, dia 28/2, das 19h30 às 21h30, na Casa das Rosas.
Esperamos você!
Esperamos você!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
D. Quixote, caminhos e descaminhos do herói
A especialista Maria Augusta da Costa Vieira falará sobre D. Quixote na Biblioteca Mário de Andrade.
O ciclo de palestras sobre romance de formação tem programação gratuita. Imperdível. Confira programação no site: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/noticias/?p=12000
O ciclo de palestras sobre romance de formação tem programação gratuita. Imperdível. Confira programação no site: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/noticias/?p=12000
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Rir e chorar com a mágica utopia de D. QUIXOTE DE LA MANCHA
Esse interessante programa, produzido pelo canal Discovery Civilization, além de realçar a riqueza da obra-prima de Miguel de Cervantes, sua complexidade e profundidade, traz à tona um autor que, à sua época, foi o que se poderia chamar de "celebridade pobre" e que já possuía um olhar crítico da sociedade, percebendo a realidade do mundo como um complexo arranjo (ou desarranjo), numa grande diversidade de classes e povos. Talvez a riqueza maior desse homem tenha sido o fato de que, assim como seu clássico personagem, Cervantes não perdeu a capacidade de reiventar-se e seguir na busca daquilo que seria mais nobre na alma humana, a capacidade de sonhar.
http://www.youtube.com/watch?v=fMy4lyZfAgE
http://www.youtube.com/watch?v=fMy4lyZfAgE
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
DON QUIJOTE, hijo de sus obras
O trecho de Miguel de Unamuno esclarece sobre o sentido de fidalgo, atribuído a Dom Quixote:
"Y luego se lo puso a si mismo, nombre nuevo, como convenía a su renovación interior, y se llamó Don Quijote, y con este nombre ha cobrado eternidad de fama. E hizo bien en mudar de nombre, pues con el nuevo llegó a ser de veras hidalgo, si nos atenemos a la doctrina del dicho doctor Huarte, que en la ya citada obra nos dice: "El español que inventó este nombre, hijodalgo, dio bien a entender...que tienen los hombres dos géneros de nacimiento. El uno es natural, en el cual todos son iguales, y el otro espiritual. Cuando el hombre hace algún hecho heroico o alguna extraña virtud y hazaña, entonces nace de nuevo y cobra otros mejores padres, y pierde el ser que antes tenía. Ayer se llamaba hijo de Pedro y nieto de Sancho; ahora se llama hijo de suas obras"
"Y luego se lo puso a si mismo, nombre nuevo, como convenía a su renovación interior, y se llamó Don Quijote, y con este nombre ha cobrado eternidad de fama. E hizo bien en mudar de nombre, pues con el nuevo llegó a ser de veras hidalgo, si nos atenemos a la doctrina del dicho doctor Huarte, que en la ya citada obra nos dice: "El español que inventó este nombre, hijodalgo, dio bien a entender...que tienen los hombres dos géneros de nacimiento. El uno es natural, en el cual todos son iguales, y el otro espiritual. Cuando el hombre hace algún hecho heroico o alguna extraña virtud y hazaña, entonces nace de nuevo y cobra otros mejores padres, y pierde el ser que antes tenía. Ayer se llamaba hijo de Pedro y nieto de Sancho; ahora se llama hijo de suas obras"
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
DOM QUIXOTE e a agudeza do furor
O texto do professor Claudio Bazzoni esclarece e aquece a leitura das aventuras do Cavaleiro da Triste Figura.
Leia aqui: http://www.usp.br/revistausp/74/14-claudio.pdf
Leia aqui: http://www.usp.br/revistausp/74/14-claudio.pdf
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
A leitura tem que "picar" o leitor?
Franz kafka (em carta a oskar pollak):
“No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam
e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um
golpe no crânio, por que nos darmos o trabalho de lê-lo? Para que nos
faça feliz, como diz você? Seríamos felizes da mesma forma se não
tivéssemos livros. Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade,
poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros que nos
atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de alguém que amamos
mais do que a nós mesmos, que nos façam sentir como se tivéssemos sido
banidos para a floresta, longe de qualquer presença humana, como um
suicídio. É nisso que acredito.”
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